O diretório municipal realizou nesta segunda (20) o debate sobre “Qual o papel da Comunicação na Defesa da Democracia?” pelo Facebook do PT São Paulo e do Jilmar Tatto. Participaram da transmissão ao vivo Laura Capriglione do Jornalistas Livres, Altamiro Borges do Centro de Estudos Barão de Itararé, Aparecido Silva – secretário municipal de comunicação do PT-SP, Jilmar Tatto pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT e o presidente do diretório municipal Laércio Ribeiro.

“A prefeitura tem que ter uma política de comunicação para São Paulo. Essa política tem que ser no sentido de democratizar, por isso eu aposto em um Conselho de Comunicação em que todos os envolvidos estejam presentes”, disse Jilmar Tatto.

O pré-candidato à prefeitura de São Paulo também destaca a necessidade de tratar a comunicação de forma estratégica e valorizar a comunicação nas regiões da cidade.

Sobre a fala do pré-candidato, Laura Capriglione ressalta: “O Jilmar falou uma coisa que eu gostei: é preciso entender a comunicação da municipalidade como um todo, não como do gabinete do prefeito”, disse ela ao apontar também a necessidade da prefeitura ter um cadastro completo dos munícipes para enviar uma comunicação útil e segmentada para população.

O secretário de comunicação Aparecido Silva, conhecido como Cidão, fez um panorama da conjuntura atual e lembra que a comunicação do diretório tem realizado reuniões com blogueiros progressistas, rádios comunitárias, jornais de bairro e influenciadores digitais para elaborar o programa de governo da área de comunicação que atenda os desafios atuais.
*Comunicação e democracia*

Para Altamiro Borges do Centro de Estudos Barão de Itararé, a comunicação monopolista da grande mídia ao contribuir com o golpe, fazer a negação da política e a satanização da esquerda preparou o terreno para a eleição do Bolsonaro.
“Nós erramos profundamente no trato da questão da comunicação, subestimamos a luta de ideias e disputa de narrativas”, frisou Altamiro Borges ao complementar: “É uma tristeza ter todo um acúmulo (realizações dos governos Lula, Dilma e Haddad) e ver isso fugindo porque não foi feita a disputa de narrativa”, afirma ele.

“O governo que mais fez a população feliz atraiu uma revolta e isso foi operado também pela grande mídia, sentimento que sobrepôs à experiência prática da vida das pessoas. Isto quem fez foi a comunicação (da ultradireita)”, disse Laura Capriglione.

Cerco midiático

O presidente do Diretório Municipal Laércio Ribeiro apontou o questionamento sobre como fazer a disputa hegemônica na sociedade com o cerco midiático existente?
Para Altamiro Borges o cerco midiático vai se reproduzir, é preciso se relacionar com a grande mídia de forma democrática, sem privilegiar nenhum órgão. “Também é preciso estabelecer relação com os jornais de bairro, rádios comunitárias, mas principalmente com as novas tecnologias para fugir deste cerco”, afirma Miro Borges.
Sobre o questionamento apresentado por Laércio, Laura aponta a necessidade de utilizar os cadastros existentes da prefeitura para se fazer comunicação direta, estratégica e segmentada. “A gente tem que distribuir boas notícias, copiando estratégias da direita”, afirma ela.

Por PT-SP


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