Às vésperas de ser confirmado como o nome do Partido dos Trabalhadores na disputa ao cargo de prefeito de São Paulo, Jilmar Tatto segue em constante diálogo com a população. Na tarde desta quarta (9), foi a vez de o petista se encontrar com os moradores da Zona Norte da capital, onde visitou o Terminal Pirituba e o Condomínio Barra do Jacaré – obras realizadas durante as gestões do partido.
Primeira parada das agendas do dia, o Terminal Pirituba foi construído durante a gestão da Marta (2001 – 2005) para atender a uma demanda à época das mais urgentes para a população daquela região. Antes da obra, o povo chegava a passar até três horas para chegar ao centro. Hoje, o local recebe ao menos 60 mil passageiros todos os dias e o tempo de locomoção foi drasticamente reduzido.
“Tive a oportunidade de inaugurar este terminal quando era secretário do governo da Marta. Também reestruturamos o sistema de transporte, fizemos um corredor de ônibus que vai até a Lapa, onde fizemos outro corredor. Da Lapa, inauguramos outro até o centro. Essa é mais uma obra do PT, partido que consolidou as principais mudanças em nossa cidade”, relembrou Tatto.
Cercado por apoiadores (todos com máscaras e seguindo as orientações sanitárias), o pré-candidato também reiterou: “só quem teve a experiência, a ousadia e a coragem para fazer isso no passado consegue fazer mais por São Paulo, como a nossa proposta de Tarifa Zero gradual”.
Minha Casa Minha Vida
A segunda agenda de Tatto foi no Condomínio Barra do Jacaré, uma das grandes vitrines do Minha Casa Minha Vida – lançado em 2009 pelo governo Lula, o programa hoje corre sérios riscos de ser extinto por Bolsonaro. A obra vai muito além da questão da moradia: seus quase 600 apartamentos foram construídos essencialmente por mulheres, cuja presença representava 90% da mão de obra no local. Mas não só. O empreendimento é administrado no modelo de autogestão, com todas as decisões tomadas em conjunto por movimentos como MST e União dos Movimentos de Moradia de SP.
“É um momento importante para a gente assumir o compromisso de voltarmos com os mutirões, com estoque de terras. Só o Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano) tem mais de R$ 1 bilhão em caixa que a prefeitura não usa para comprar terra nem desapropria edifícios que estão sendo usados para a especulação imobiliária”, apontou Tatto.
O petista também lembrou que “tem milhões de pessoas que moram em áreas irregulares e que poderiam ter casa própria se houvesse interesse do município. É preciso acabar com a burocracia e usar os recursos disponíveis para diminuir a desigualdade na cidade”.