Quem vive em São Paulo há, pelo menos, duas décadas sabe que não é exagero dizer que, no que diz respeito à mobilidade, a cidade está dividida em antes e depois do PT. Com duas gestões marcantes neste período, o partido criou alguns dos mais ousados projetos para melhorar o fluxo de veículos nas ruas e dar um novo sentido para o transporte público da cidade. E o responsável por cada uma dessas medidas atende pelo nome de Jilmar Tatto.

Ciente do legado que deixou à cidade, o agora pré-candidato do PT a prefeito quer dar um passo além na revolução colocada em prática quando foi secretário de Transportes durante os mandatos de Marta e Haddad. Para tanto, quer criar – caso seja eleito – o projeto “Aplicativo 100% para Todos”.

Tatto explicou os detalhes da proposta nesta segunda-feira (27) durante bate-papo com o jornalista e ativista LGBT William de Lucca. “Nós vamos fazer um aplicativo próprio da Prefeitura e os entregadores não vão precisar pagar taxa para ninguém. E nesse aplicativo também será possível pagar contas, além de outros recursos”, ilustra.

Para o pré-candidato, a proposta atende a uma das demandas urgentes impostas durante a pandemia do coronavírus, que fez explodir o número de entregadores ao mesmo tempo em que escancarava os abusos cometidos pelas administradoras de aplicativos. “Vamos fazer uma articulação com os estabelecimentos para eles que usem esse aplicativo. Com isso, essa juventude que tem saído às ruas para sobreviver não vai mais ficar escrava de ninguém. A criação do aplicativo também será uma maneira de forçar empresas como Uber, Rappi e outras a pararem de escravizar esses jovens”, aponta.

De Lucca aprova a ideia do aplicativo e vê como inevitável uma mudança drástica no sistema de entregas como é feito hoje. “As pessoas que trabalham não têm uma central de atendimento. Não têm lugar para ir ao banheiro, almoçar, descansar. Esse espaço pode, inclusive, ser criado pela administração pública e financiado pelas próprias empresas. Acho que além de ganhar mais com as entregas eles não podem ficar mais jogados na frente de shoppings”, sugere.

Da Redação


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